Betão fissurado ou betão não fissurado ?
A caraterística do betão é uma boa resistência à compressão, mas em contrapartida a resistência à tracção é fraca. O aparecimento de fissuras na zona de tensão é previsível a partir do momento em que as construções em betão são submetidas a uma carga. Neste caso, é conveniente utilizar as cavilhas testadas para o betão fissurado.
A peça a fixar
Natureza
Um amplo leque de materiais é utilizado e pode intervir na escolha da fixação e vice-versa, de modo a prevenir o risco de eletrólise.
- Aço eletrogalvanizado,
- Alumínio,
- Aço galvanizado a quente,
- Ferro fundido,
- Inoxidável,
- Madeira, ...
A posição no suporte
Quando referimos a posição da peça a fixar no suporte, temos também de ter em consideração a posição da cavilha, uma vez que é a fixação que irá solicitar o material.
Dimensionamento
A espessura da peça a fixar (tfix), o número de furos e o diâmetro do furo de passagem da cavilha na peça a fixar (df) são, igualmente, essenciais na escolha da fixação.
tfix : É a parte variável da cavilha onde a peça a fixar é posicionada.
Scr,N : É a distância a respeitar entre cavilhas.
df : Estes diâmetros devem ser respeitados de modo a garantir os valores das cargas recomendadas.
A espessura mínima do suporte (hmin) só é válida quando não é observada qualquer fissura causada pela perfuração na parte traseira do betão.
Elementos com influência sobre a resistência
Carga aplicada laje maciça :
A cavilha é colocada no meio da laje, toda a superfície em redor da fixação pode trabalhar.
Distância no bordo da laje :
A cavilha é colocada junto aos bordos das lajes, falta uma zona de betão para suportar a carga máxima.
Distância caraterística :
As cavilhas são colocadas com um entreeixo suficiente. Os dois cones de restrição não solicitam a mesma superfície do betão, o que significa que a carga aplicada na laje maciça pode ser exercida.
Distância mínima :
As distâncias Scr e Ccr não podem ser aplicadas. As cavilhas são colocadas com valores limite denominados Smin et Cmin.
Entre-eixo de cavilha :
As cavilhas são colocadas uma junto à outra, os dois cones de restrição solicitam a mesma superfície do betão, o que significa que a carga aplicada em cada cavilha é reduzida.
A Carga
As forças que afatem a fixação
A direção do esforço é definida pelo ângulo formado pelo eixo da cavilha e a direção do esforço aplicado.
- N : Carga de tracção aN está compreendido entre 0° e 30°.
- F : Carga oblíqua aF está compreendido entre 30° e 60°.
- V : Carga de cisalhamento aV está compreendido entre 60° e 90°.
Especificações sobre as cargas aplicadas
Cargas aplicadas : As cargas publicadas são calculadas a partir de valores caraterísticos fornecidos pela ATE, sobre as quais se aplicam coeficientes parciais de segurança decorrentes da ATEG 001, bem como um coeficiente parcial das ações γf = 1,4.
Cargas aplicadas em tracção : As cargas aplicadas em tração são calculadas para o betão não armado e para o betão armado padrão, cujos ferros têm um espaçamento de S<15 cm ou de S<10 cm, caso o diâmetro seja igual ou inferior a 10 mm.
Cargas aplicadas em cisalhamento : As cargas aplicadas em cisalhamento são indicadas para uma ancoragem única em laje maciça: para as cargas de cisalhamento aplicadas junto ao bordo da laje; para as cargas de cisalhamento aplicadas junto ao bordo (C<10 hef ou 60d). A rutura no bordo da laje deve ser verificada em conformidade com o método A no anexo C da ATEG 001.
Modos de rutura de uma cavilha
As condicionantes externas
A regulamentação Europeia
Para tornar o mercado único uma realidade para todos os produtos de construção, nasceu um regulamento, o «regulamento 305/ 2011 da UE ». Esta diretiva contém 7 exigências :
- Resistência mecânica e estabilidade
- Proteção contra incêndios
- Higiene, saúde e proteção ambiental
- Utilização e acessibilidade seguras
- Proteção contra o ruído
- Poupança de energia e proteção térmica
- Utilização sustentável dos recursos naturais
O betão e respetivas opções
As opções irão depender da zona do betão onde a ancoragem será colocada :
*De acordo com a ATEG 001
Quanto menor for o número da opção, mais a ancoragem poderá ser utilizada em condições de emprego restritivas e maior será o desempenho.
A opção selecionada pelo fabricante é fundamental, porque determina, por um lado, o programa de ensaios e o método de cálculo e, por outro lado, o domínio de utilização da cavilha.
Opção 1: Betão fissurado e não fissurado
Opção 7: APENAS para betão não fissurado aço
Os riscos sísmicos
A França tem uma nova delimitação de zonas sísmicas que dividem o território nacional em cinco zonas com graus de sismicidade crescentes, em função da probabilidade de ocorrência de sismos :
- Uma zona com um grau de sismicidade 1, onde não existem recomendações antissísmicas particulares para os edifícios com um risco normal (o risco sísmico associado a esta zona é qualificado como muito fraco),
- Quatro zonas com graus de sismicidade de 2 a 5, onde são aplicáveis regras de construção antissísmica nos edifícios novos e aos edifícios antigos em determinadas condições.
A Simpson Strong-Tie testou e recomenda determinadas ancoragens em caso de utilização em zona sísmica: Ultraplus, Superplus (ancoragens mecânicas) e Set-XP (fixação química).
Para mais informações : http://www.ecologie-solidaire.gouv.fr
Sistema de dois componentes
A fixação química apresenta-se sob a forma de um cartucho com dois compartimentos: a resina e o endurecedor. O rácio da mistura é de 10 partes de resina para uma parte de endurecedor(POLY-GP™, POLY-GPG™, VT-HP™),ou de uma parte de resina para uma parte de endurecedor (SET-XP™).
O produto é misturado através de uma boquilha misturadora instalada na extremidade do cartucho. A mistura de dois compostos provoca uma reação química rápida no caso do POLY-GP™ e mais lenta no caso do SET-XP™ (o aumento da temperatura é importante). Esta mistura comporta um endurecimento mais ou menos rápido. Realiza-se, assim, uma ancoragem por colagem da haste ou do ferro ao betão sobre o material de suporte no qual o mesmo está implantado.
Vantagens técnicas
A fixação química não cria condicionantes de compressão no material de suporte. Por conseguinte, não há condicionantes no material de suporte, existe uma possibilidade de entre-eixos fracos entre cavilhas e pode proceder-se a fixações junto aos bordos da laje.
La performance technique n'est pas le seul argument qui fait la qualité d'un scellement chimique.
- Odor : o POLY-GP™ têm um odor fraco
- A cor : é de um tom pedra para se misturar com o POLY-GP™ e um tom cinzento para betão.
- Sua extrusão é fácil : para maior conforto do aplicador e uma maior produtividade: POLY-GP™.
- O tempo de secagem : do POLY-GP™ é muito rápido.
- As suas aprovações : POLY GPG™, apresenta 3 ETE para fixação, alvenaria, betão e varão para betão.
- A limpeza : POLY-GP™, POLY-GPG™ e VT-HP™ não têm pictograma de perígo.
- O seu comportamento em ambiente específico : o SET-XP™ é estável em todas as condições: calor extremo, humidade, ...
Aplicações
A fixação química é uma solução bastante polivalente, dado que a mesma resina pode ser usada em materiais ocos ou maciços e em cargas pesadas ou leves :
- Ancoragem (POLY-GP™, POLY-GPG™, AT-HP™, VT-HP™, SET-XP™) : trata-se de fixar as hastes roscadas num material de suporte para aplicar a fixação de um elemento.
- Recuperação de betão armado (POLY-GPG™, AT-HP™, VT-HP™ et SET-XP™) : trata-se de fixar betão armado para criar uma continuidade na obra em betão armado.
Diferença entre a ancoragem mecânica e química
A ancoragem mecânica
Aquando da sua expansão ou da colocação em carga, a ancoragem exerce um esforço sobre uma zona do betão denominada «cone de restrição»; uma primeira compressão surge no momento do aperto e uma segunda no momento da colocação em carga.
A ancoragem química
Esta ancoragem não necessita de expansão para se fixar. O «cone de restrição» só surge aquando da colocação em carga. O cone de arrancamento é, portanto, mais estreito e permite trabalhar nos entreeixos e nas distâncias na extremidade mais baixa.
Aplicação de ancoragens e fixações químicas
Perno de ancoragem
Montagem
Durante a aplicação do binário de aperto, o cone sobe no anel de expansão, o que provoca uma rutura dos segmentos ao abrir-se e encosta-se à parede, resultando, assim, numa aderência por atrito no material de suporte. Daqui resulta uma ancoragem por expansão com controlo por torção sem ferramenta particular.
Parafuso
Montagem
Fixação direta através da peça a fixar por aparafusamento. A rosca garante um excelente aparafusamento e uma rapidez de penetração do material de suporte.
Bucha de pancadar
Montagem
A cavilha de pressão é colocada na transversal da peça a fixar e expande-se sobre o comprimento do furo por atrito enquanto é martelada. O colar ajuda a manter a peça. Na aplicação em alvenaria de blocos ocos, a expansão da cavilha deve ser feita em pelo menos uma das paredes do suporte.
Cavhila comprida
Montagem
A cavilha com suporte de carpintaria permite uma rápida aplicação na superfície e na transversal da peça a fixar. As placas de fecho nos lados asseguram uma manutenção e uma fixação no rebaixo perfeita para os materiais ocos.
Resina de fixaçaõ quimica
Materiais maciços
Materiais ocos